segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O violinista


De que me vale ter uma plateia a me aplaudir, se não tenho sua atenção?
De que me vale tocar as notas mais bonitas, se você jamais as ouvirá?
Pra que me serviria tanta inspiração se aquela para quem meu coração deseja oferecer melodias, já não me vê passar?
Hoje somos eu e meu violino cantando em tom fúnebre, tal como meu espírito tornou-se.
São apenas partituras regadas por lágrimas que insistem em chamar de música. É toda a minha dor codificada em uma triste clave de sol.