segunda-feira, 9 de maio de 2011

Quase música, quase poema, quase crônica.

Ah, doce inércia de existir! Por todos os lados que olho, não vejo por onde escapar e nem um bom caminho pra seguir, tudo se perdeu.
Enquanto memórias amargas embalam a dor, sinto o toque frio da morte e o corte da saudade. É a falta, é o fim de tudo.
Te lembras da tua inocência de criança? Acreditavas que podia salvar o mundo. E agora? Não podes salvar a ti mesmo, quanto mais um lugar tão obscuro.
É que nossa culpa amarga a alma, nosso riso se fez luto.
Tristes passos por esperar um futuro tão incerto!
Com o que sonhar agora? Já que o arrependimento nos tragou de forma tão brusca...
Deixe-me à beira do mar ouvir o sussurro calmo do vento como consolo pela fúria das ondas. Sinto-me tonta, preciso descansar.