quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

É passageiro, deixa pra lá.


Não sinto vontade de escrever agora, mas preciso escrever, porque algo está me sufocando. Droga, droga de tristeza! Maldita dor que vem sem explicação. Talvez isso aconteça porque eu procuro a tristeza, talvez ela nem apareça sozinha. Por quê? Por que eu insisto em me magoar? Estupidez? Acho que é involuntário.
Eu ainda sou humana... Não sou? Agora me encontro sentada à beira do mar, sobre a areia clara e umida, acho que sou a única aqui, porque quando olho à minha volta, não vejo ninguém. Só a brisa que parece me tocar o rosto com ternura, com piedade. O vento é a minha única companhia agora. O som do mar é uma sinfonia, a sinfonia dos corações frustrados. A sinfonia daqueles que vivem de coração aberto e, que acabam sofrendo por isso. É a melodia feita de lágrimas no lugar de notas, e talvez seja desse jeito que o mar é formado, de lágrimas. Talvez a vida seja um grande talvez.