segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O nosso "adeus"?


Você sempre foi lindo, absurdamente lindo. Oh meu amor, que falta você me faz! Machuca saber a forma como você está mesmo tendo sofrido tanto quando você decidiu me deixar. Eu não entendo o porquê a vida insiste em te ferir tanto. Eu odeio de todas as formas o seu sofrimento.
Preciso ser sincera comigo mesma, eu ainda sinto a sua falta. Eu digo que não a maioria do tempo, mas eu penso estar enlouquecendo quando te sinto aqui.
Sinto falta da sua voz rouca acordando, do seu inglês engraçado, e de todas as canções que você dedicava a mim. Sinto falta do seu jeito de menino aprendendo a ser homem, e sofrendo com as responsabilidades e cobranças da vida, mas mesmo assim, levando tudo como pode, sem ter pra onde fugir. Sinto falta de ouvir você dizer que me ama, e que tudo iria ficar bem, de acordar te esperando chegar e contar os dias pra te ver, sabendo que no fundo, você nunca viria.
E “nós”? O “nós” não existe mais. Nós morremos tão jovens, tanta vida jogada fora em tão pouco tempo!
O que nos resta é o silêncio, e as gotas frias de chuva que toca nossos lábios sem cor antes que joguem flores sobre nossos corpos, nos enterrem e, aplaudam. O pra sempre só existe assim, na morte.